Bom, antes de mais nada, devemos lembrar que não é NENHUMA novidade. A Própria NASA já havia feito uma revelação sobre água salgada em Marte, em 5 de agosto de 2011. Calma! Não fomos nós quem inventamos a matéria! Nem a Globo, até onde sabemos…
Vejam a imagem abaixo que foi justamente de 2011 e comparem com as demais tiradas atualmente.
Mars Reconnaissance Orbiter da NASA capturou a evidência mais forte que ainda flui água líquida salgada na superfície do planeta durante as estações quentes.
Seja ou não esses fluxos salgados, poderiam sustentar vida dependendo do quão salgado eles são, diz Lujendra Ojha do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, que relatou os resultados, juntamente com os seus colegas. “Se a água está completamente saturada com percloratos [sais hidratados], então a vida como a conhecemos na Terra não seria capaz de sobreviver nesse tipo de água tão concentrada”, diz ele. “Mas se a água tem apenas uma pequena porcentagem dos percloratos nela, então eu acho que nós poderíamos sobreviver bem com isso.
“Recurring slope lineae” – faixas escuras que aparecem, ficam mais longas, e desaparecem a cada ano marciano – têm sido vistas como representações de sinais de água fluindo. Agora que idéia foi apoiada por dados do um espectrômetro a bordo do Orbiter, chamado CRISM, que analisa o reflexo do sol para detectar padrões que indicam o que minerais estão presentes na superfície.
Os sais podem absorver água da atmosfera e baixar o ponto de congelação da água, tornando possível à água líquida existir mesmo no clima frio Marte. Os dados espectrais de quatro locais com “córregos” de inclinação recorrente revela a presença de sais hidratados, que são mais susceptíveis de ser perclorato de magnésio, clorato de magnésio e perclorato de sódio.
Perclorato
Um perclorato é um sal que contém o ânion ClO₄⁻, derivado do ácido perclórico HClO₄. Contém o cloro em estado de oxidação +7 ligado a quatro átomos de oxigênio em formação tetraédrica.
Fórmula: ClO4-
Massa molar: 99,45 g/mol
Apesar de não serem examinadas no estudo atual, características que se assemelham a inclinação de córregos recorrentes que foram observados este ano na cratera Gale, levantam a possibilidade de que o robô Curiosity poderia procurar mais pistas de perto.
A ajuda está próxima
O local mais promissor é cerca de 50 quilômetros do local do pouso do robô. O Curiosity já encontrou evidências de percloratos na cratera Gale, bem como compostos orgânicos.
A confirmação de água que flui sobre a superfície iria adicionar peso substancial para campanhas da NASA para explorar mais fortemente a área na busca de vida em Marte. No deserto de Atacama, um dos ambientes mais hostis da Terra, as comunidades de micróbios são capazes de sobreviver na umidade no solo criado por sais de absorver água da atmosfera. Alguns pensam que os micróbios semelhantes poderiam viver em Marte também.
Um número de astrobiólogos criticou a NASA quando souberam que nos planos para seu próximo rôbo, “Mars de 2020”, deixou de fora seqüenciadores de DNA e outros aparelhos concebidos para observar organismos vivos.
Mas, muitos cientistas não seriam convencidos com evidências de um robô. A prova definitiva de vida em Marte exigiria amostras trazidas de volta à Terra. “Mars 2020” armazenará amostras para serem levadas “para casa” em uma outra missão.
“É a única coisa que pode realmente afirmar é que os lugares que nós estamos encontrando são, provavelmente, mais habitável do que o resto do planeta, que é osso seco”, diz Ojha.
Fonte: Nature Geoscience, DOI: 10.1038 / NGEO2546