Resolva o desafio de xadrez proposto e ganhe um prêmio

Mas um detalhe: nenhum computador foi capaz de solucioná-lo

Que Kasparov não nos ouça, mas normalmente estamos muito atrás dos computadores em exercícios ligados ao raciocínio lógico.

Essa vantagem está na velocidade de processamento da informação, bem maior nos cérebros eletrônicos.

Mas um problema de xadrez que foi tratado como impossível de ser solucionado pelas máquinas pode dar nova vida à disputa – e também ajudar a explicar o quão poderosa pode ser a consciência humana.

O cenário proposto traduz uma situação muito difícil de ser revertida. No tabuleiro, o lado branco só conta com o rei e mais quatro peões, tão encurralados pelas peças adversárias que a inteligência artificial decreta fim de jogo.

Isso acontece porque mesmo as máquinas mais potentes seriam incapazes de calcular todos os movimentos possíveis dos bispos pretos.

É o que afirmou Sir Roger Penrose, professor emérito do Instituto de Matemática de Oxford e fundador do Penrose Institute, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

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Além de dividir o Prêmio Nobel de Física de 1988 com ninguém menos queStephen Hawking, Penrose é também o criador desse dilema lógico. Saiba mais: A biografia de Stephen Hawking: Deus, a ciência e eu

Ele defende que, ainda assim, é possível para um oponente de carne e osso conseguir um empate, ou até mesmo bolar uma armadilha para a vitória.

Jogadores humanos, em uma breve análise do tabuleiro, seriam capazes, por exemplo, de eliminar de cara situações que os computadores demorariam várias simulações para descartar.

“As pessoas ficam depressivas ao pensar que no futuro robôs ou computadores vão roubar seus empregos, mas há áreas em que os computadores nunca serão melhores que nós, como na criatividade”, disse o cientista.

E foi mesmo em uma estranha demonstração de criatividade que o Deep Blue, computador desenvolvido pela IBM, conseguiu vencer Garry Kasparov em 1997.

O campeão mundial de xadrez era capaz de estar até 15 movimentos à frente de seu oponente, mas não conseguiu prever a 44ª jogada feita pelo computador.

Decisiva para a vitória que decretou a superação da máquina pelo homem, o lance de mestre foi fruto, quem diria, de uma falha. A história foi contada no documentário “O homem e a máquina”, produzido pela FiveThirtyEight e ESPNFilms.

A primeira pessoa criativa o suficiente para demonstrar formalmente a solução do desafio, ganhará um prêmio do Instituto Penrose. As respostas devem ser enviadas para o e-mail puzzles@penroseinstitute.com.

Por Guilherme Eler, da Superinteressante

MEC lança o MECFLIX ‘Hora do Enem’, programa de TV e plataforma de estudos

Primeiro ‘simulado oficial’ será realizado em 30 de abril.
Plataforma terá plano de estudos, segundo o MEC.

ENEM-2016
O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira (5) a “Hora do Enem”, programa de TV e plataforma de estudos voltados para preparação de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O conteúdo poderá ser acessado pelo site

horadoenem.mec.gov.br.

“É uma parceria com o Sistema S. Os custos são todos dessa parceria”, disse Mercadante, sem citar valores.
O programa diário de TV será feito com apoio de professores de quatro escolas (Descomplica, QG do Enem, FGV Ensino Médio e Pitágoras). Os programas começam em maio.
Já plataforma online usa em seu lançamento a estrutura do Geekie Games, ferramenta de simulado online também disponibilizada em anos anteriores pelo G1(veja mais detalhes abaixo). Nesta plataforma estarão simulados, planos de estudos e videoaulas.
Mercadante diz que as ações da “Hora do Enem” são voltadas especificamente para os 2,2 milhões de estudantes concluintes do ensino médio das redes públicas e privada.
Programas e plataforma
Os programas na TV da “Hora do Enem” serão transmitidos pela TV Escola e 40 emissoras parceiras (sobretudo educativas e comunitárias). A grade prevê matemática às segundas-feiras, ciências humanas às terças-feiras, linguagens às quarta-feiras, ciências da natureza às quintas-feiras, e redação às sextas-feiras.
Já a plataforma online de estudos – que incluirá simulados, planos de estudos e videoaulas – já está acessivel desde esta tarde. No site estudantes concluintes do 3º ano poderão se cadastrar e indicar suas metas.
A partir dos dados, o sistema do Geekie Games ajudará na montagem de um plano de estudos personalizado. Na plataforma também estarão disponíveis exercícios, quatro simulados neste ano e 600 videoaulas.

SIMULADOS DO ENEM

Hora do Enem terá simulado em:

  • 30 de abril
  • 25 de junho
  • 13 de agosto
  • 8 e 9 de outubro
    O conjunto de videos online foi apelidado pelo ministro Mercadante de MECFlix e estará disponível a partir de 30 de abril. “Em vez de ver filme no Netflix, que ele venha estudar no MECflix”, brincou o ministro.
    Mercadante ressaltou que o 1º “simulado oficial” vai ser realizado em 30 de abril. Além dele, mais três serão realizados ao longo do ano: 25 de junho, 13 de agosto e 8 e 9 de outubro.
    As inscrições já estão abertas: quem acessa o site da “Hora do Enem” é direcionado para o cadastro dentro do ambiente do Geekie Games.

Diferentemente do que ocorria com usuários anteriores do Geekie Games, agora ao fazer o cadastro o estudante precisa informar o CPF para ter direito a uma licença gratuita do “Geekie Games Pro”, ambiente no qual serão desenvolvidas as atividades da “Hora do Enem”. O aluno terá que informar os dados pessoais, inclusive o nome da escola para que os dados sejam validados.
Para poder limitar o acesso, Mercadante disse que o sistema tem os dados dos estudantes concluintes do 3º ano do ensino médio e somente para eles o acesso ao conteúdo será liberado.
Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado. (…) Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem” Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
Diferença de conteúdo
Mercadante declarou que não há risco de estudantes que não participarem dos simulados ficarem em desvantagem em relação aos outros.
Segundo ele, o banco de dados do Enem é sigiloso e não é compartilhado com o sistema da “Hora do Enem”.
“Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado”, afirmou Mercadante, ressaltando que o principal ponte em comum é o uso da metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada nas correções do exame. “Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem”, disse.

O ministro ainda afirmou que que o MEC vai tentar introduzir a prova de redação nos simulados. No entanto, ele não deu data para isso.
Participantes sem acesso à internet
Segundo o MEC, quem não tem computador e acesso à internet poderá se inscrever, entre 11 e 15 de abril, em uma das 120 mil vagas para fazer o simulado em uma universidade federal ou entidades parceiras. “Essa experiência pode nos permitir, no futuro, fazer o Enem online”, avalia Mercadante.
O ministro se mostrou otimista com possíveis incrementos no resultados dos participantes da “Hora do Enem” nas notas do exame. “Quem estudar duas horas e meia por dia neste sistema, vai melhorar, em média, 30% na nota do Enem”, afirmou Mercadante.

Brasil é 2º país com pior nível de aprendizado

Escola: dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho

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O Brasil tem o segundo maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências e leitura em uma lista de 64 países de todo o mundo.

Cerca de 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de idade – de um total de 15,1 milhões que compõem o universo do estudo – não têm capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Destes, 1,1 milhão são brasileiros.

As conclusões constam de uma análise sobre qualidade da educação de jovens publicada nesta quarta-feira, 10, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris.

O relatório, intitulado “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, baseia-se em dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da própria organização.

Dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho.

Em termos percentuais, o País é o décimo pior avaliado, atrás de Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia.

Dos 2,7 milhões de alunos de 15 anos avaliados on Brasil, 1,9 milhão tinha dificuldades em matemática básica, 1,4 milhão em leitura e 1,5 milhão em ciências.

Cruzados, os números indicam que 1.165.231 estudantes tinham dificuldades em cumprir tarefas básicas nas três áreas de conhecimento.

Outra constatação do estudo é de que o Brasil está no “top 10” de países mais desiguais do mundo no que diz respeito à diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais altas e baixas.

Mas nem tudo são notícias negativas. O Brasil, diz a organização, é um dos nove países que mais reduziram – em 18% – o número de estudantes com problemas em matemática básica no período entre 2003 e 2012, ao lado de México, Tunísia, Turquia, Alemanha, Itália, Polônia, Portugal e Rússia.

Na área matemática, 67,1% dos alunos brasileiros estão abaixo do nível 2 – ou seja, longe dos níveis 5 e 6, que exigem mais conhecimento.

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Esses patamares são alcançados apenas por 0,8% dos estudantes brasileiros.

No ranking, o País fica em 58º lugar, somando 391 pontos na escala do PISA, contra uma média de 494 pontos obtidos por estudantes que vivem em países-membros da OCDE, entidade composta por 34 nações.

Parte dos resultados ainda muito negativos do Brasil se deve à maior inclusão de estudantes no sistema educacional ao longo dos últimos 15 anos, ponderou ao Estado Alfonso Echazarra, analista da Direção de Educação da OCDE.

Entre 2003 e 2012, o índice de escolarização passou de 65% para 78%.

Como a inclusão se dá incorporando alunos que estão na base da pirâmide social, em classes mais desfavorecidas, seus primeiros anos de educação são mais problemáticos, por frequentarem escolas com menos recursos, como ocorre em regiões rurais.

Nesse cenário, a redução do número de estudantes com problemas de base em matemática, leitura e ciências é um sinal positivo que pode ser comemorado.

“O Brasil é um claro exemplo de que o investimento em educação leva a melhores resultados, o que nem sempre é o caso em outros países”, explica Echazarra.

Em termos mundiais, entre os 12,9 milhões de alunos com desempenho baixo, 11,5 milhões têm problemas em matemática, 8,5 milhões leem com dificuldades e 9 milhões têm lacunas no aprendizado de ciências.

Para romper o ciclo de baixo nível educacional, a OCDE recomenda que os governos nacionais identifiquem os estudantes com baixa performance e lhes ofereçam estratégias para recuperação de nível.

Entre as propostas da entidade, a maior parte tem caráter estrutural: reduzir a desigualdade no acesso à educação, estimular a inscrição escolar o mais cedo possível, envolver os pais na comunidade escolar e fornecer programas de auxílio financeiro às instituições de ensino e às famílias carentes.

 

 

Fontes: Andrei Netto/Estadão ; OCDE.

Cidade do RN será abastecida com água do mar a partir de 2016

Governo garantiu orçamento de R$ 25 milhões, através de negociações como Banco Mundial para compra dos equipamentos

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Projeto do RN é inspirado na Usina de Ashkelon, em Israel  (Foto: Divulgação)

O RN começará a fazer uso da água do mar para abastecimento até o final do ano de 2016. A informação foi confirmada pelo secretário de Recursos Hídricos, Mairton França, nesta terça-feira (15). Segundo ele, o governo garantiu o investimento de R$ 25 milhões por meio de negociações com o Banco Mundial para compra dos equipamentos.

De acordo com Mairton França, a ideia inicial é implantar o projeto piloto de dessalinização de água do mar, sob execução da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) no município de Macau, na região salineira do estado.

A captação da água será feita através de grandes tubos, com três quilômetros de extensão, que bombeiam a água até a usina responsável por toda a etapa de processamento de dessalinização da água.

“A grande vantagem é que essa usina é móvel e pode ser transportada para qualquer lugar de acordo com a necessidade”, explicou.

O secretário acrescenta que a escolha de Macau como município piloto para a implantação da tecnologia foi devido ao rejeito resultante do processo, formado por uma grande concentração salina.

Segundo ele, após passar pelo processo 50% da água do mar resulta em água doce pronta para o consumo e os outros 50% em concentrado salino.

“Vamos estudar junto com o Idema a maneira mais adequada para o descarte dessa rejeito. Ou vamos descartar para uma salina, para que seja reaproveitado na produção do sal ou diretamente nos canais onde as águas são descartadas no mar”, adiantou.

Projeto

A ideia do projeto veio de uma visita recente feita pelo secretário a Israel para conhecer as experiências na área hídrica utilizadas naquele país. De acordo com Mairton, o RN possui uma extensa faixa litorânea, o que viabiliza esse tipo de tecnologia.

Tendo convivido com períodos severos de seca extrema, Israel se utiliza, atualmente, da água do mar para quase todo tipo de atividade e consumo no seu território. Lá, a obtenção é feita através de cinco grandes usinas responsáveis por toda a etapa de processamento de dessalinização da água.
A estimativa é de que juntas, essas usinas produzam um total de mais de 130 bilhões de galões de água potável por ano, com uma meta de 200 bilhões de galões até 2020.

O secretário conta que ficou impressionado com a capacidade do país de investir em tecnologia e produção de água potável. “Eles simplesmente viraram o jogo. Israel vem de um histórico de escassez, revertido através de planejamento e estudo”, declarou.

Seca

O secretário observa que o uso desse tipo de tecnologia no estado seria mais uma forma de combater a seca que atinge vários municípios. Segundo ele, atualmente, 12 cidades do RN estão e colapso no abastecimento de água e 42% dos reservatórios estão em estado crítico.

Mairton França disse também que o governo tem investido na construção de adutoras no interior do estado. Até o final de dezembro deste ano, a adutora Currais Novos/Armando Ribeira deverá estar em funcionamento. Além disso, a obra da adutora do Alto Oeste, que estava parada desde 2013, foi retomada.

Por: Saulo de Castro

UFRN desenvolve aplicativo que pode reduzir casos de dengue.

Pela internet, é possível denunciar focos de mosquito e casos suspeitos.
Informações são enviadas em tempo real à Secretaria Municipal de Saúde.

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Ricardo Valentim, coordenador do Observatório da Dengue, acredita que o aplicativo pode diminuir casos da doença e gerar economia de R$ 2,4 milhões por ano ao município (Foto: Anastácia Vaz/Agecom/UFRN)

Uma criação simples, que pode gerar uma economia de R$ 2,4 milhões por ano e que pretende resolver um problema complexo: os casos de dengue em Natal. Desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um aplicativo on line quer ajudar a diminuir o número de casos da doença ao fornecer informações em tempo real para as autoridades de saúde do município.
O Observatório da Dengue é uma plataforma na internet (que se adapta a celulares e tablets) pela qual moradores da capital potiguar podem denunciar focos de mosquitos e casos suspeitos da doença no bairro onde vivem. A página pode ser acessada no site http://www.telessaude.ufrn.br/observatoriodadengue.

Segundo a UFRN, a tela solicita poucas informações: nome, e-mail, endereço e – se possível – uma foto. Após o envio dos dados é requerida uma confirmação por e-mail, que efetivará a notificação à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para os gestores públicos, o conjunto de denúncias feitas pelos cidadãos forma um mapa que possibilita visualizar onde há suspeitas da doença e onde existem mosquitos transmissores. A partir daí, agentes são enviados às localidades para fazer o controle dos insetos e orientar os possíveis doentes.
“Essa ferramenta, se bem utilizada, pode se tornar a chave para se ter controle absoluto da dengue em nossa cidade”, avalia Ion de Andrade, epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde.
Economia de R$ 2,4 milhões
Coordenador do Observatório da Dengue, Ricardo Valentim é pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), setor dedicado à pesquisa no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Segundo ele, o método informatizado deve gerar uma economia de R$ 2,4 milhões por ano para o município de Natal.
Entretanto, o professor acredita que o maior ganho não é a redução do gasto público, mas a otimização do processo de trabalho dos agentes de endemias. “Hoje, como tudo é feito em papel, até os dados coletados pelos agentes chegarem à Secretaria Municipal de Saúde leva de 30 a 45 dias. Acontece que a larva do mosquito leva sete dias para eclodir”, explica Valentim. “Quando o gestor público toma as decisões, já teremos a quarta geração do mosquito. Eu já posso, inclusive, ter um quadro epidemiológico instalado sem estar sabendo. Com o sistema desenvolvido, isso é online. Podemos até disparar alertas imediatamente para as autoridades”, acrescenta.
Dengue em Natal
Segundo o Boletim da Dengue, divulgado no início de julho pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, mais de 1.200 casos de dengue foram registrados na capital potiguar no primeiro semestre de 2014, o que representa uma incidência de 140,76 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Seis mortes foram confirmadas por causa da doença este ano.

Comer carne favorece câncer? Veja mitos e verdades da dieta vegetariana

O ator Dado Dolabella deu o que falar ao associar a morte da atriz Betty Lago e a do Gaúcho da Copa, ambos vítimas de câncer, ao consumo de carne. Ele se diz vegano, ou seja, não come e nem consome nada de origem animal (carne e alimentos feitos com leite e ovo). Ele chamou os carnívoros de “uma sociedade hipócrita e doente”.

Leia aqui a opinião de três especialistas para saber o que é mito e o que é verdade sobre o que dizem em relação às dietas vegana e vegetariana. Será que quem não come carne tem menos chances de ter câncer? Comer apenas alimentos de origem vegetal torna uma pessoa mais saudável? Os vegetarianos são mais magros?

Os nutrólogos José Alves Lara Neto, vice-presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), Andrea Pereira, do departamento de Oncologia do Hospital Albert Einstein, e a nutricionista Regina Moraes Teixeira esclarecem as dúvidas.

Mitos e verdades sobre dieta vegetariana ou vegana

carnes-para-churrasco1Comer carne aumenta a chance de ter câncer?
PARCIALMENTE VERDADE. Tudo vai depender da quantidade e de como essa carne é preparada. “Comer mais de meio quilo por semana aumenta risco de câncer, porque mesmo a carne magra tem gordura. Além disso, carnes preparadas em churrascos absorvem substancias cancerígenas contidas no carvão”, conta Andrea Pereira.

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A dieta vegetariana emagrece?
MITO. Apesar de uma dieta rica em vegetais ajudar a emagrecer, se o vegano ou vegetariano exagerar nos carboidratos e doces eles podem ser tão obesos quanto uma pessoa que ingere alimentos de origem animal.

Dieta vegetariana é a mais saudável?
MITO. A dieta vegetariana é considerada saudável quando feita de forma equilibrada, com supervisão médica, mas não é necessariamente mais saudável do que outras. Há pesquisas que apontam a dieta mediterrânea como a mais saudável e ela tem como base peixes, massas e azeite. Uma dieta equilibrada aliada a exercícios físicos ajudam a manter um estilo de vida saudável.

Comer carne rapaz-comendo-carne-carne-malpassada-bife-salada-restaurante-1377892400554_300x300é natural da espécie humana?
VERDADE. Segundo Lara Neto, há estudos que mostram que o humano se desenvolveu melhor depois que começou a comer carne cozida, com a descoberta do fogo. Andrea Pereira afirma ainda que nosso intestino mede sete metros, em média, para digerir proteína encontrada em alimentos de origem animal.

Vou viver mais se não comer carne?
MITO. Não é necessariamente o aporte de carne que faz viver mais ou menos, mas a quantidade e a qualidade do que se come em geral. Por outro lado, uma dieta com menos carne tende a diminuir o colesterol, a taxa de triglicerídeos e a chance de diabetes. Cada organismo tem suas particularidades e também depende das condições do ambiente em que vive.

Vegetarianos e veganos têm mais anemia?
PARCIALMENTE VERDADE. A absorção do ferro é o segredo para evitar a anemia. Mas, mesmo o ferro contido na couve (o “bife” dos veganos e vegetarianos) nem sempre é absorvido da forma correta. Para evitar o ‘desperdício’, é necessário reforçar a ingestão de vitamina C com frutas ou sucos de laranja e limão, que ajudam na absorção do ferro. Se isso não resolver, será preciso recorrer à suplementação.

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Tenho que tomar suplemento?
PARCIALMENTE VERDADE. Quem não come alimentos de origem animal perde uma importante forte de ferro e vitamina B12. No caso do ferro, há legumes e verduras que contém a substância, mas ela não é tão facilmente absorvida pelo organismo como a encontrada na carne. No entanto, o suplemento só deve ser tomado quando houver comprovação clínica da sua necessidade.

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A proteína animal faz falta no organismo?
MITO. Tudo depende de como se come essa proteína e quantidade ingerida, afirma Regina Moraes Teixeira. Lara Neto acrescenta que há outras fontes de proteína como as castanhas, cogumelos e queijos feitos sem leite de vaca, que podem ajudar a suprir as proteínas encontradas em alimentos de origem animal.

Crianças não devem adotar essas dietas?
MITO. Não é que uma criança não possa deixar de ingerir alimentos de origem animal, mas ela só pode adotar esse hábito com a supervisão de um especialista, pois tem uma necessidade maior de nutrientes que adultos. “Sem proteína, a criança cresce menos e a deficiência de ferro pode comprometer o desempenho escolar”, diz Lara Neto.

Fontes: José Alves Lara Neto /Associação Brasileira de Nutrologia; Andrea Pereira / Oncologia do Hospital Albert Einstein; nutricionista Regina Moraes Teixeira; Camila Neumam e Mirthyani Bezerra/Uol

Quer viver por mais de 120 anos? -Bactéria encontrada na Sibéria pode ser a chave para o ‘elixir da vida’

O homem desde os primórdios sonha com a mítica poção conhecida como elixir da vida, capaz de dar a quem bebê-la vida eterna. Este desejo, apesar de parecer fantasioso, pode se tornar uma realidade após o trabalho de um grupo de cientistas russos.

A equipe do professor Sergey Petrov, pesquisador chefe do Centro Científico Tyumen, obteve progresso nas análises de uma bactéria “eterna” de 3,5 milhões de anos conhecida como Bacillus F. De acordo com o estudo, ela é capaz de aumentar exponencialmente a longevidade dos humanos.

Foto: The Siberian Times

Foto: The Siberian Times

Após meses de tentativa, os cientistas conseguiram acessar o DNA da bactéria e começam a entender os genes que permitiram que ela tenha sobrevivido por tantos anos nas geleiras da Sibéria.

A bactéria foi encontrada em 2009 na região de Yakutia, conhecida como um sítio arqueólogico riquíssimo. Testes da bactéria em organismos vivos como células humanas, ratos, moscas de frutas e cereais obtiveram resultados positivos.

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Foto: The Siberian Times

“Em todas as experiências, a Bacillus F estimulou o desenvolvimento do sistema imunológico e ainda o reforçou”, disse o professor Sergey Petrov. “Os testes em eritrócitos humanos e leucócitos também foram muito promissores”, continuou.

Entretanto, mesmo com o resultado positivo, o grupo de cientistas crê que ainda há muito o que fazer para a utilização da bactéria em testes com humanos. “A bactéria de fato tem um impacto na longevidade e na fertilidade das cobaias. Mas não sabemos ainda como ela de fato age. Não entendemos o mecanismo, mas entendemos seu impacto”, completou Petrov.

Assista ao vídeo sobre a matéria:

Viktor Chernyavsky, epidemiologista do Centro Científico Tyumen, se mostrou esperançoso no uso da bactéria para benefício humano.

“A bactéria cria substâncias biologicamente ativas durante toda a vida do animal, ativando seu sistema imunológico. Ratos já idosos tiveram uma melhora significativa na saúde e alguns deles até chegaram a acasalar e produzir filhotes”, continuou.  Desta forma, Viktor crê que a bactéria pode ser a chave para o desenvolvimento de um “elixir da vida”, capaz de melhorar a saúde dos seres humanos.

Fonte: Yahoo! Brasil