Brasileiros criam debate que não existe na Alemanha? FAKE NEWS!!!

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SIM!!! O debate TAMBÉM ocorre na Alemanha! No entanto, como ninguém gosta de falar ou ser atrelado ao passado nazista, então o debate morre mais cedo do que no Brasil. Outrossim, no quesito política – pelo menos – o brasileiro discute muito mais que o alemão (ao menos online)! Embora a falta de leitura sobre o tema esteja ligada a ambos os povos (pois é, os atuais jovens alemães podem até ler bem mais que o brasileiro médio, mas ainda estão lendo tão pouco sobre política quanto nós.

Vejam alguns links onde você pode acompanhar a discussão sobre “Nazismo é de esquerda ou direita” entre alemães. (Os links podem ser traduzidos usando o Google tradutor na hora de pesquisar)

Adolf Hitler era um esquerdista? A pergunta foi feita uma vez pelo famoso jornalista Joachim Fest. Em um artigo de jornal, Fest escreveu em 2003: “Há boas razões pelas quais o nacional-socialismo é politicamente mais à esquerda do que à direita.”

Fonte: http://www.spiegel.de/politik/deutschland/querfront-debatte-war-hitler-links-augstein-kolumne-a-1068892.html

Existe vários sites de jornais a blogs onde alemães discutem o assunto e até o momento, nem mesmo eles têm uma posição 100% certa sobre o tema.

“O Konservative Gesprächskreis Hannover publicou em suas páginas na Internet o artigo “Sem oposição, mas sim competição” de Erik Ritter von Kuehnelt-Leddihn, cujo ponto principal é a tese de que os nazistas foram deixados e o NSDAP era um partido de esquerda.”

Fonte: https://www.h-ref.de/organisationen/nsdap/kuehnelt-leddihn-sozialisten.php

“Essas considerações nos levam a uma pergunta que é frequentemente feita em nosso formulário de perguntas : os nazistas eram de direita ou esquerda? Normalmente se classifica o Nacional Socialismo à direita, mas figuras especialmente conservadoras como Arnulf Baring, Hans-Olaf Henkel e Erika Steinbach se referiram a ele, com referência à palavra parte “-socialismo” como a ditadura de esquerda. De facto, nos primeiros dias do NSDAP existem posições socialistas de esquerda que, no entanto, foram cada vez mais reduzidas em 1928, o mais tardar sob a liderança de Adolf Hitler. E a prova da autodescrição como “socialista” também se parece muito com o argumento de que a República Democrática Alemã era democrática.”

Fonte: https://www.geschichtscheck.de/2016/11/09/was-ist-eigentlich-links-und-was-rechts/

Para quem souber alemão, eis o link do vídeo no Youtube sobre o mesmo tema:

Conclusão: O mais provável (e não o correto) é que o nazismo se encaixaria num quadrante entre centro-esquerda e por muito pouco não seria direita, pois tem no seu foco o ideal de Estado acima de tudo, coisa muito contrária ao liberalismo que caracteriza partidos mais à direita.  Ainda assim, a melhor resposta, tanto sobre a política quanto a religião do nazismo, seria dizer que NÃO TEM RELAÇÕES COM NADA. Eles inventaram algo bem particular, quer seja no quesito político ou no religioso.

PS: Mais um “debate” sobre o tema aqui… https://www.stern.de/noch-fragen/links-oder-rechts-3000014888.html

Basta procurar no Google por ” Waren die Nazis links oder Rechts? ”

Por:  Línguas na Esquina

Tabela periódica explica como cada elemento é usado no dia a dia

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A tabela periódica é o terror de muitos estudantes, que partem para a decoreba na hora de estudar e entender os elementos químicos apresentados.

Por essas e outras, o cientista norte-americano Keith Enevoldsen criou uma tabela interativa, disponível on-line, que possibilita ver como cada elemento é usado em nosso dia a dia.

 

Embora elementos como oxigênio e carbono sejam bem conhecidos, outras siglas tipo califórnio, selênio ou rutênio são incompreensíveis de saber como são encontrados na natureza.

Além da descrição do elemento em itens do cotidiano, a tabela traz outras informações como a massa atômica, as propriedades e o símbolo pelo qual o elemento é conhecido.

Clique aqui para conferir!

MEC lança o MECFLIX ‘Hora do Enem’, programa de TV e plataforma de estudos

Primeiro ‘simulado oficial’ será realizado em 30 de abril.
Plataforma terá plano de estudos, segundo o MEC.

ENEM-2016
O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira (5) a “Hora do Enem”, programa de TV e plataforma de estudos voltados para preparação de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O conteúdo poderá ser acessado pelo site

horadoenem.mec.gov.br.

“É uma parceria com o Sistema S. Os custos são todos dessa parceria”, disse Mercadante, sem citar valores.
O programa diário de TV será feito com apoio de professores de quatro escolas (Descomplica, QG do Enem, FGV Ensino Médio e Pitágoras). Os programas começam em maio.
Já plataforma online usa em seu lançamento a estrutura do Geekie Games, ferramenta de simulado online também disponibilizada em anos anteriores pelo G1(veja mais detalhes abaixo). Nesta plataforma estarão simulados, planos de estudos e videoaulas.
Mercadante diz que as ações da “Hora do Enem” são voltadas especificamente para os 2,2 milhões de estudantes concluintes do ensino médio das redes públicas e privada.
Programas e plataforma
Os programas na TV da “Hora do Enem” serão transmitidos pela TV Escola e 40 emissoras parceiras (sobretudo educativas e comunitárias). A grade prevê matemática às segundas-feiras, ciências humanas às terças-feiras, linguagens às quarta-feiras, ciências da natureza às quintas-feiras, e redação às sextas-feiras.
Já a plataforma online de estudos – que incluirá simulados, planos de estudos e videoaulas – já está acessivel desde esta tarde. No site estudantes concluintes do 3º ano poderão se cadastrar e indicar suas metas.
A partir dos dados, o sistema do Geekie Games ajudará na montagem de um plano de estudos personalizado. Na plataforma também estarão disponíveis exercícios, quatro simulados neste ano e 600 videoaulas.

SIMULADOS DO ENEM

Hora do Enem terá simulado em:

  • 30 de abril
  • 25 de junho
  • 13 de agosto
  • 8 e 9 de outubro
    O conjunto de videos online foi apelidado pelo ministro Mercadante de MECFlix e estará disponível a partir de 30 de abril. “Em vez de ver filme no Netflix, que ele venha estudar no MECflix”, brincou o ministro.
    Mercadante ressaltou que o 1º “simulado oficial” vai ser realizado em 30 de abril. Além dele, mais três serão realizados ao longo do ano: 25 de junho, 13 de agosto e 8 e 9 de outubro.
    As inscrições já estão abertas: quem acessa o site da “Hora do Enem” é direcionado para o cadastro dentro do ambiente do Geekie Games.

Diferentemente do que ocorria com usuários anteriores do Geekie Games, agora ao fazer o cadastro o estudante precisa informar o CPF para ter direito a uma licença gratuita do “Geekie Games Pro”, ambiente no qual serão desenvolvidas as atividades da “Hora do Enem”. O aluno terá que informar os dados pessoais, inclusive o nome da escola para que os dados sejam validados.
Para poder limitar o acesso, Mercadante disse que o sistema tem os dados dos estudantes concluintes do 3º ano do ensino médio e somente para eles o acesso ao conteúdo será liberado.
Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado. (…) Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem” Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
Diferença de conteúdo
Mercadante declarou que não há risco de estudantes que não participarem dos simulados ficarem em desvantagem em relação aos outros.
Segundo ele, o banco de dados do Enem é sigiloso e não é compartilhado com o sistema da “Hora do Enem”.
“Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado”, afirmou Mercadante, ressaltando que o principal ponte em comum é o uso da metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada nas correções do exame. “Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem”, disse.

O ministro ainda afirmou que que o MEC vai tentar introduzir a prova de redação nos simulados. No entanto, ele não deu data para isso.
Participantes sem acesso à internet
Segundo o MEC, quem não tem computador e acesso à internet poderá se inscrever, entre 11 e 15 de abril, em uma das 120 mil vagas para fazer o simulado em uma universidade federal ou entidades parceiras. “Essa experiência pode nos permitir, no futuro, fazer o Enem online”, avalia Mercadante.
O ministro se mostrou otimista com possíveis incrementos no resultados dos participantes da “Hora do Enem” nas notas do exame. “Quem estudar duas horas e meia por dia neste sistema, vai melhorar, em média, 30% na nota do Enem”, afirmou Mercadante.

CIA deixou explosivos de treino em ônibus escolar

Estudantes andavam no mesmo ônibus dois dias depois que o dispositivo, que a CIA diz que era inofensivo, foi deixado para trás.

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News4: Chris Gordon descobre o material de treinamento explosivo deixados pela CIA em um ônibus escolar no Condado de Loudoun – Virginia. (Publicado quinta – feira março 31, 2016)

A CIA realizou um exercício de treinamento K-9 em uma escola secundária no Condado de Loudoun, Estado de  Virginia, na semana passada, e acidentalmente deixou um dispositivo de explosivos de treinamento inertes em um ônibus escolar.
Funcionários da CIA e membros do Gabinete do xerife do Condado de Loudoun  trabalharam em um ônibus escolar na semana passada na Escola Briar Woods em Ashburn, Virginia, treinando cães para detectar bombas.
“Durante o exercício, o material explosivo de treinamento foi deixado inadvertidamente pela CIA (unidade K-9) em um dos ônibus utilizados no exercício”, disse a agência em um comunicado.
O dispositivo, que parecia ser um pacote pequeno, preto, foi encontrado ao lado do motor do ônibus, mas o porta-voz da escola, Wayde Byard, disse que não tinha detonador ou gatilho no dispositivo e não representava ameaça aos estudantes.

“Quando se está em um estado benigno, o que significa que não ter detonador ou dispositivos de accionamento electrónicos sobre ele, é uma substância segura,” disse Byard, representante do departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos.

O ônibus levada 26 alunos na segunda-feira e terça-feira, antes que o dispositivo fosse encontrado durante a manutenção de rotina, o conselho de Escolas Públicas do Condado de Loudoun disse em um email enviado na quarta-feira para os pais. O ônibus transportava alunos com necessidades especiais por 145 milhas antes do item ter sido encontrado, disse Byard, quinta-feira.

“Um pedaço do material de treinamento caiu e permaneceu dentro do ônibus, e descobriu-se mais tarde, quando o ônibus foi levado para um check-up mecânico”, disse  o xerife do Condado de Loudoun, Mike Chapman.

A CIA também disse que o dispositivo não poderia ter prejudicado ninguém.
“É tão assustador. É apenas muito, muito assustador”, disse o morador Sara Marsh.
“Deve ter havido uma lista de verificação”, disse o morador Donna Caulfield. “Os funcionários federais que estavam envolvidos nesse exercício deviam ser disciplinados.”

A CIA disse que a agência vai rever e reforçar o seu programa K-9 para evitar erros no futuro.

Por: -News4- NBC Washington (adaptado por Linguas Na Esquina)

 

Brasil é 2º país com pior nível de aprendizado

Escola: dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho

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O Brasil tem o segundo maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências e leitura em uma lista de 64 países de todo o mundo.

Cerca de 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de idade – de um total de 15,1 milhões que compõem o universo do estudo – não têm capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Destes, 1,1 milhão são brasileiros.

As conclusões constam de uma análise sobre qualidade da educação de jovens publicada nesta quarta-feira, 10, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris.

O relatório, intitulado “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, baseia-se em dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da própria organização.

Dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho.

Em termos percentuais, o País é o décimo pior avaliado, atrás de Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia.

Dos 2,7 milhões de alunos de 15 anos avaliados on Brasil, 1,9 milhão tinha dificuldades em matemática básica, 1,4 milhão em leitura e 1,5 milhão em ciências.

Cruzados, os números indicam que 1.165.231 estudantes tinham dificuldades em cumprir tarefas básicas nas três áreas de conhecimento.

Outra constatação do estudo é de que o Brasil está no “top 10” de países mais desiguais do mundo no que diz respeito à diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais altas e baixas.

Mas nem tudo são notícias negativas. O Brasil, diz a organização, é um dos nove países que mais reduziram – em 18% – o número de estudantes com problemas em matemática básica no período entre 2003 e 2012, ao lado de México, Tunísia, Turquia, Alemanha, Itália, Polônia, Portugal e Rússia.

Na área matemática, 67,1% dos alunos brasileiros estão abaixo do nível 2 – ou seja, longe dos níveis 5 e 6, que exigem mais conhecimento.

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Esses patamares são alcançados apenas por 0,8% dos estudantes brasileiros.

No ranking, o País fica em 58º lugar, somando 391 pontos na escala do PISA, contra uma média de 494 pontos obtidos por estudantes que vivem em países-membros da OCDE, entidade composta por 34 nações.

Parte dos resultados ainda muito negativos do Brasil se deve à maior inclusão de estudantes no sistema educacional ao longo dos últimos 15 anos, ponderou ao Estado Alfonso Echazarra, analista da Direção de Educação da OCDE.

Entre 2003 e 2012, o índice de escolarização passou de 65% para 78%.

Como a inclusão se dá incorporando alunos que estão na base da pirâmide social, em classes mais desfavorecidas, seus primeiros anos de educação são mais problemáticos, por frequentarem escolas com menos recursos, como ocorre em regiões rurais.

Nesse cenário, a redução do número de estudantes com problemas de base em matemática, leitura e ciências é um sinal positivo que pode ser comemorado.

“O Brasil é um claro exemplo de que o investimento em educação leva a melhores resultados, o que nem sempre é o caso em outros países”, explica Echazarra.

Em termos mundiais, entre os 12,9 milhões de alunos com desempenho baixo, 11,5 milhões têm problemas em matemática, 8,5 milhões leem com dificuldades e 9 milhões têm lacunas no aprendizado de ciências.

Para romper o ciclo de baixo nível educacional, a OCDE recomenda que os governos nacionais identifiquem os estudantes com baixa performance e lhes ofereçam estratégias para recuperação de nível.

Entre as propostas da entidade, a maior parte tem caráter estrutural: reduzir a desigualdade no acesso à educação, estimular a inscrição escolar o mais cedo possível, envolver os pais na comunidade escolar e fornecer programas de auxílio financeiro às instituições de ensino e às famílias carentes.

 

 

Fontes: Andrei Netto/Estadão ; OCDE.

Professores deveriam ter o maior salário do Serviço Público Nacional – É o que diz projeto do Deputado Pedro Cunha (PSDB)

O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) tenta levar para a Câmara Federal um projeto que fará dos professores brasileiros a categoria que receberá o maior salário do serviço público nacional. A proposta quer estabelecer um subsídio para o magistério, fazendo com que nenhum outro servidor, no nível administrativo, receba mais que o teto daqueles professores que alcançarem critérios de formação (mestrado, doutorado, pós-doutorado) e de dedicação exclusiva.

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“Estabelece-se um subsídio para o magistério, como forma de dar-lhe a mesma grandeza das categorias dos agentes políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e correlatos). Nesse compasso, também, estabelece-se que esses subsídios serão limites superiores na administração pública, para os demais servidores do Estado, entendidos como agentes administrativos. O professor é o limite da evolução no serviço público”, defende o deputado em sua justificativa no projeto.

Por enquanto, a ideia ainda não foi protocolada na Câmara. Para isso, Pedro Cunha Lima recolhe assinaturas dos demais deputados para a criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que faz necessário a assinatura de, pelo menos, 171 deputados. No primeiro dia da coleta das assinaturas, que foi ontem, 83 parlamentares já haviam assinado.

O deputado federal disse que a proposta nasceu pela necessidade de buscar soluções para melhorar a Educação pública brasileira, ao passo que proporciona saídas para o problema do déficit de professores, que hoje chega a 150 mil nas disciplinas de matemática, física e química.

“A melhoria na Educação só é possível se melhorarmos as condições de trabalho dos nossos educadores. Para isso, é preciso incentivar e valorizar a carreira. Precisamos mostrar ao aluno que está em formação agora, que vai valer a pena ser professor por profissão. Por quê? É pela educação que o futuro deixa de ser surpresa para entrar na previsibilidade até dos sonhos. Vamos sonhar…”, defendeu.

Fonte:  http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/494574-PEC-TRANSFORMA-SALARIO-DOS-PROFESSORES-EM-REFERENCIA-PARA-TODA-A-ADMINISTRACAO-PUBLICA.html

SUPERAÇÃO: Ex-borracheiro estuda mais de 200 kg de resumos e consegue virar juiz federal após 4 anos

Rolando Valcir Spanholo, de 38 anos, possui uma das mais incríveis histórias de superação.

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Com infância humilde, trabalhando em uma borracharia e estudando Direito em uma distante faculdade, paga com esforços de sua família, o rapaz tornou-se um juiz federal respeitado.
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Spanholo nasceu em Sananduva, no Rio Grande do Sul, onde desde pequeno teve de trabalhar com seus irmãos em uma borracharia para ajudar nas despesas de casa. Ao longo do tempo, o garoto revelou seu desejo de cursar uma graduação em Direito. A família reuniu esforços, e, costurando edredons, cortinas e fazendo bordados, seus pais e seus irmãos conseguiram pagar uma faculdade, que ficava a 250 km de sua casa.

Para ajudar nas despesas, ele começou a trabalhar com vendas. O ritmo intenso de seu trabalho rendeu-lhe muitas faltas no curso e pouco tempo livre para dedicar-se aos estudos. “Na verdade, só consegui levar adiante a graduação porque meus colegas conheciam minha realidade e sempre me emprestavam os cadernos para copiar ou tirar xerox”, disse Spanholo.

Mesmo ficando de recuperação em todos os semestres, seu sonho era seguir o magistrado. Após cursar a Escola Superior da Magistratura, tentou prestar vários concursos, sem sucesso. Assim que seu filho nasceu, em 2003, ele decidiu ficar longe dos estudos para cuidar de suas responsabilidades em casa, ajudando a esposa.

Apenas em 2010, Rolando retomou seus sonhos, voltando a estudar. Foi aí que enfrentou mais dificuldades, pois não tinha muitos recursos disponíveis para participar de cursos, nem tempo disponível para estudar a fundo. Dessa forma, ele resolveu criar seu próprio método de estudo, para relembrar o que tinha aprendido no passado. Seu objetivo era passar no concurso para juiz federal.
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Acumulando 200 kg de resumos grifados, anotações, provas recicladas e cópias de informativos de tribunais superiores, Spanholo conseguiu a aprovação, em 2014.

Sua história ficou famosa, e serviu de inspiração para muitas pessoas que desejam ingressar em uma profissão, mas tiveram as portas fechadas. “Não sei explicar direito, mas é como se as pessoas precisassem ver diante dos seus próprios olhos uma prova de que elas também podem superar seus limites pessoais e alcançar os seus sonhos”, finalizou o juiz federal, falando sobre a repercussão de sua emocionante história.

CURSOS DE HUMANAS COM DIAS CONTADOS PARA O FIM -Governo japonês pede cancelamento de cursos desta área em universidades

Das 60 instituições nacionais, 26 já confirmaram medidas de redução ou fechamento de graduações
Diversos cursos de Ciências Sociais e Humanas serão cancelados no Japão em função de uma recomendação para que as universidades “sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”. Segundo o site Times Higher Education, das 60 universidades nacionais que oferecem cursos nessas disciplinas, 26 já confirmaram que irão cancelar ou reduzir essas matérias.

A Universidade de Tóquio informou que não fará cortes

A Universidade de Tóquio informou que não fará cortes

A ação aconteceu depois que o ministro da Educação, Hakuban Shimomura, enviou uma carta às 86 universidades nacionais do Japão pedindo que “tomem ações para abolir organizações (de ciências sociais e humanas) ou sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade”.

O decreto ministerial foi denunciado pelo reitor de uma das universidades como um ato “anti-intelectual”, enquanto as universidades de Tóquio e de Quioto, consideradas as mais prestigiadas do país, teriam adiantando que não vão cumprir o pedido.

Por outro lado, 17 universidades nacionais vão parar de recrutar estudantes para cursos de Ciências Sociais e Humana, incluindo cursos como Direito e Economia, de acordo com uma pesquisa com reitores de universidades feita pelo jornal “Yomiuri Shimbun” e publicada no blog Espaço Ciências Sociais.

Segundo a publicação, o Conselho de Ciência do Japão divulgou um comunicado no mês passado em que manifestou sua “profunda preocupação com o potencial do grave impacto que uma diretiva administrativa como essa implicaria para o futuro das Ciências Sociais e Humanas no Japão”.

Acredita-se que ação faça parte dos esforços mais amplos de primeiro-ministro Shinzo Abe para promover o que chamou de “educação mais prática profissional, que melhor se antecipa às necessidades da sociedade”. No entanto, é provável que a atitude esteja ligada às pressões financeiras em curso sobre universidades japonesas, ligadas a uma baixa taxa de natalidade e diminuição do número de estudantes, que levaram muitas instituições a funcionarem com menos de 50% da capacidade.

Alunos, no Japão, limpam até banheiro da escola para aprender a valorizar patrimôniA

Enquanto no Brasil, escolas que “obrigam” alunos a ajudar na limpeza das salas são denunciadas por pais e levantam debate sobre abuso, no Japão, atividades como varrer e passar pano no chão, lavar o banheiro e servir a merenda fazem parte da rotina escolar dos estudantes do ensino fundamental ao médio.

Ajudar na limpeza ensina estudantes a terem responsabilidades e consciência social

Ajudar na limpeza ensina estudantes a terem responsabilidades e consciência social

“Na escola, o aluno não estuda apenas as matérias, mas aprende também a cuidar do que é público e a ser um cidadão mais consciente”, explica o professor Toshinori Saito. “Ninguém reclama porque sempre foi assim.”
Nas escolas japonesas, também não existem refeitórios. Os estudantes comem na própria sala de aula e são eles mesmos que organizam tudo e servem os colegas.
Depois da merenda, é hora de limpar a escola. Os alunos são divididos em grupos, e cada um é responsável por lavar o que foi usado na refeição e pela limpeza da sala de aula, dos corredores, das escadas e dos banheiros num sistema de rodízio coordenado pelos professores.

Reunidos em grupos, alunos se revezam nas tarefas
“Também ajudei a cuidar da escola, assim como meus pais e avós, e nos sentimos felizes ao receber a tarefa, porque estamos ganhando uma responsabilidade”, diz Saito.

Os próprios alunos servem a merenda escolar aos colegas

Os próprios alunos servem a merenda escolar aos colegas

Reunidos em grupos, alunos se revezam nas tarefas

Reunidos em grupos, alunos se revezam nas tarefas

Michie Afuso, presidente da ABC Japan, organização sem fins lucrativos que ajuda na integração de estrangeiros e japoneses, diz ainda que a obrigação faz com que as crianças entendam a importância de se limpar o que sujou.
Um reflexo disso pôde ser visto durante a Copa do Mundo no Brasil, quando a torcida japonesa chamou atenção por limpar as arquibancadas durante os jogos e também nas ruas das cidades japonesas, que são conhecidas mundialmente por sua limpeza quase sempre impecável.
“Isso mostra o nível de organização do povo japonês, que aprende desde pequeno a cuidar de um patrimônio público que será útil para as próximas gerações”, opina.
Estrangeiros

Michie Afuso, da ONG ABC Japan, sugere intercâmbio educacional entre Brasil e Japão

Michie Afuso, da ONG ABC Japan, sugere intercâmbio educacional entre Brasil e Japão

Para que os estrangeiros e seus filhos entendam como funcionam as tradições na escola japonesa, muitas prefeituras contratam auxiliares bilíngues. A brasileira Emilia Mie Tamada, de 57 anos, trabalha na província de Nara há 15 e atua como voluntária há mais de 20.
“Neste período, não me lembro de nenhum pai que tenha questionado a participação do filho na limpeza da escola”, conta ela.
Michie Afuso diz que, aos olhos de quem não é do país, o sistema educacional japonês pode parecer rígido, “mas educação é um assunto levado muito à sério pelos japoneses”, defende.

Prática é aplicada nas escolas japonesas há várias gerações

Prática é aplicada nas escolas japonesas há várias gerações

Recentemente no Brasil, um vídeo no qual uma estudante agride a diretora da escola por ela ter lhe confiscado o telefone celular se tornou viral na internet e abriu uma série de discussões sobre violência na escola.
Outros casos de agressão contra professores foram destaques de jornais pelo Brasil nos últimos meses, como da diretora que foi alvo de socos e golpes de caneta em Sergipe e da professora do Rio Grande do Sul que foi espancada por uma aluna e seus familiares durante uma festa junina.
No Japão, este tipo de abuso dentro da escola é raro. “Desde os tempos antigos, escola e professores são respeitados. Os alunos aprendem a cultivar o sentimento de amor e agradecimento à escola”, diz Emilia.
Leia também: ‘Continuei dando aula com olho sangrando’, diz professor atingido por azulejo

Violência

Educadores explicam que, desta forma, estudantes aprendem a 'limpar o que sujaram'

Educadores explicam que, desta forma, estudantes aprendem a ‘limpar o que sujaram’

No ano passado, durante as eleições, a BBC Brasil publicou uma série de reportagens sobre a violência de alunos contra professores no Brasil. As matérias revelaram casos de professores que chegaram a tentar suicídio após agressões consecutivas e apontaram algumas das soluções encontradas por colégios públicos para conter a violência – da militarização à disseminação de uma cultura de paz entre escolas e comunidade.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que ouviu mais de 100 mil professores e diretores de escola em 34 países, o Brasil ocupa o topo de um ranking de violência em escolas – 12,5% dos professores ouvidos disseram ser vítimas de agressões verbais ou intimidação pelo menos uma vez por semana.
“Assim como o Brasil tem um programa de intercâmbio com a polícia japonesa, poderíamos ter um na área educacional”, propõe Michie, da ABC Japan, ao se referir ao sistema de policiamento comunitário do Japão que foi implantado em algumas cidades do Brasil.
A brasileira lembra que a celebração dos 120 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão seria uma ótima oportunidade para incrementar o intercâmbio na área social e não apenas na comercial.
“Dessa forma, os professores poderiam levar algumas ideias do sistema de ensino japonês para melhorar as escolas no Brasil”, sugere Michie.

O piso nacional dos professores pode passar de R$ 1.917,78 para R$ 2.743,65 por mês.

Comissão aprova aumento do piso salarial dos professores.

Preparem as greves, pois haverá choro dos prefeitos e governadores, mesmo com a ajuda federal garantida.

Preparem as greves, pois haverá choro dos prefeitos e governadores, mesmo com a ajuda federal garantida.

De acordo com projeto, salário mínimo pago à categoria aumentará de R$ 1.917,78 para R$ 2.743,65 ao longo de três anos. Pela proposta, caberá ao governo federal ajudar estados e municípios a alcançar a nova remuneração

O piso salarial dos professores em todo o país pode passar de R$ 1.917,78 para R$ 2.743,65 por mês. É o que prevê o projeto de Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), aprovado na reunião desta terça-feira (20) da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O relatório foi elaborado por Ângela Portela (PT-RR) e estabelece que a integralização do novo piso deverá ser feita de forma progressiva, no decorrer de três anos.

Um aspecto considerado “relevante” pelas senadoras é que deverá caber ao governo federal, durante cinco anos, a responsabilidade financeira pela integralização dos salários em vigor, para que atinjam o montante referente ao novo piso salarial.

“Sabemos que muitos estados atravessam crises, e esta seria uma medida condizente para que os professores percebam melhores vencimentos”, frisou Ângela Portela.

Com este objetivo, passariam a ser destinados 5% da arrecadação das loterias federais administradas pela Caixa para a complementação dos salários dos professores da educação básica.

O projeto segue para a análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Para os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Simone Tebet (PMDB-MS), que votaram a favor, a CAE terá condições de aprimorar o texto. Especialmente quanto à dificuldade que estados e municípios ainda apresentam para o cumprimento da lei do piso.

Fonte: AGÊNCIA SENADO