MEC lança o MECFLIX ‘Hora do Enem’, programa de TV e plataforma de estudos

Primeiro ‘simulado oficial’ será realizado em 30 de abril.
Plataforma terá plano de estudos, segundo o MEC.

ENEM-2016
O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta terça-feira (5) a “Hora do Enem”, programa de TV e plataforma de estudos voltados para preparação de participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O conteúdo poderá ser acessado pelo site

horadoenem.mec.gov.br.

“É uma parceria com o Sistema S. Os custos são todos dessa parceria”, disse Mercadante, sem citar valores.
O programa diário de TV será feito com apoio de professores de quatro escolas (Descomplica, QG do Enem, FGV Ensino Médio e Pitágoras). Os programas começam em maio.
Já plataforma online usa em seu lançamento a estrutura do Geekie Games, ferramenta de simulado online também disponibilizada em anos anteriores pelo G1(veja mais detalhes abaixo). Nesta plataforma estarão simulados, planos de estudos e videoaulas.
Mercadante diz que as ações da “Hora do Enem” são voltadas especificamente para os 2,2 milhões de estudantes concluintes do ensino médio das redes públicas e privada.
Programas e plataforma
Os programas na TV da “Hora do Enem” serão transmitidos pela TV Escola e 40 emissoras parceiras (sobretudo educativas e comunitárias). A grade prevê matemática às segundas-feiras, ciências humanas às terças-feiras, linguagens às quarta-feiras, ciências da natureza às quintas-feiras, e redação às sextas-feiras.
Já a plataforma online de estudos – que incluirá simulados, planos de estudos e videoaulas – já está acessivel desde esta tarde. No site estudantes concluintes do 3º ano poderão se cadastrar e indicar suas metas.
A partir dos dados, o sistema do Geekie Games ajudará na montagem de um plano de estudos personalizado. Na plataforma também estarão disponíveis exercícios, quatro simulados neste ano e 600 videoaulas.

SIMULADOS DO ENEM

Hora do Enem terá simulado em:

  • 30 de abril
  • 25 de junho
  • 13 de agosto
  • 8 e 9 de outubro
    O conjunto de videos online foi apelidado pelo ministro Mercadante de MECFlix e estará disponível a partir de 30 de abril. “Em vez de ver filme no Netflix, que ele venha estudar no MECflix”, brincou o ministro.
    Mercadante ressaltou que o 1º “simulado oficial” vai ser realizado em 30 de abril. Além dele, mais três serão realizados ao longo do ano: 25 de junho, 13 de agosto e 8 e 9 de outubro.
    As inscrições já estão abertas: quem acessa o site da “Hora do Enem” é direcionado para o cadastro dentro do ambiente do Geekie Games.

Diferentemente do que ocorria com usuários anteriores do Geekie Games, agora ao fazer o cadastro o estudante precisa informar o CPF para ter direito a uma licença gratuita do “Geekie Games Pro”, ambiente no qual serão desenvolvidas as atividades da “Hora do Enem”. O aluno terá que informar os dados pessoais, inclusive o nome da escola para que os dados sejam validados.
Para poder limitar o acesso, Mercadante disse que o sistema tem os dados dos estudantes concluintes do 3º ano do ensino médio e somente para eles o acesso ao conteúdo será liberado.
Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado. (…) Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem” Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
Diferença de conteúdo
Mercadante declarou que não há risco de estudantes que não participarem dos simulados ficarem em desvantagem em relação aos outros.
Segundo ele, o banco de dados do Enem é sigiloso e não é compartilhado com o sistema da “Hora do Enem”.
“Não há nenhuma relação entre o banco de itens do Enem e o banco do simulado”, afirmou Mercadante, ressaltando que o principal ponte em comum é o uso da metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), usada nas correções do exame. “Dá para ter uma relação muito próxima com o que é o Enem”, disse.

O ministro ainda afirmou que que o MEC vai tentar introduzir a prova de redação nos simulados. No entanto, ele não deu data para isso.
Participantes sem acesso à internet
Segundo o MEC, quem não tem computador e acesso à internet poderá se inscrever, entre 11 e 15 de abril, em uma das 120 mil vagas para fazer o simulado em uma universidade federal ou entidades parceiras. “Essa experiência pode nos permitir, no futuro, fazer o Enem online”, avalia Mercadante.
O ministro se mostrou otimista com possíveis incrementos no resultados dos participantes da “Hora do Enem” nas notas do exame. “Quem estudar duas horas e meia por dia neste sistema, vai melhorar, em média, 30% na nota do Enem”, afirmou Mercadante.

Brasil é 2º país com pior nível de aprendizado

Escola: dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho

Dilma-Rousseff-Educação

O Brasil tem o segundo maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências e leitura em uma lista de 64 países de todo o mundo.

Cerca de 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de idade – de um total de 15,1 milhões que compõem o universo do estudo – não têm capacidades elementares para compreender o que leem, nem conhecimentos essenciais de matemática e ciências. Destes, 1,1 milhão são brasileiros.

As conclusões constam de uma análise sobre qualidade da educação de jovens publicada nesta quarta-feira, 10, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris.

O relatório, intitulado “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, baseia-se em dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da própria organização.

Dos 64 países analisados, o Brasil ficou atrás apenas da Indonésia, que tem 1,7 milhão de estudantes com baixo desempenho.

Em termos percentuais, o País é o décimo pior avaliado, atrás de Catar, Peru, Albânia, Argentina, Jordânia, Indonésia, Colômbia, Uruguai e Tunísia.

Dos 2,7 milhões de alunos de 15 anos avaliados on Brasil, 1,9 milhão tinha dificuldades em matemática básica, 1,4 milhão em leitura e 1,5 milhão em ciências.

Cruzados, os números indicam que 1.165.231 estudantes tinham dificuldades em cumprir tarefas básicas nas três áreas de conhecimento.

Outra constatação do estudo é de que o Brasil está no “top 10” de países mais desiguais do mundo no que diz respeito à diferença de desempenho entre estudantes de classes sociais altas e baixas.

Mas nem tudo são notícias negativas. O Brasil, diz a organização, é um dos nove países que mais reduziram – em 18% – o número de estudantes com problemas em matemática básica no período entre 2003 e 2012, ao lado de México, Tunísia, Turquia, Alemanha, Itália, Polônia, Portugal e Rússia.

Na área matemática, 67,1% dos alunos brasileiros estão abaixo do nível 2 – ou seja, longe dos níveis 5 e 6, que exigem mais conhecimento.

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Esses patamares são alcançados apenas por 0,8% dos estudantes brasileiros.

No ranking, o País fica em 58º lugar, somando 391 pontos na escala do PISA, contra uma média de 494 pontos obtidos por estudantes que vivem em países-membros da OCDE, entidade composta por 34 nações.

Parte dos resultados ainda muito negativos do Brasil se deve à maior inclusão de estudantes no sistema educacional ao longo dos últimos 15 anos, ponderou ao Estado Alfonso Echazarra, analista da Direção de Educação da OCDE.

Entre 2003 e 2012, o índice de escolarização passou de 65% para 78%.

Como a inclusão se dá incorporando alunos que estão na base da pirâmide social, em classes mais desfavorecidas, seus primeiros anos de educação são mais problemáticos, por frequentarem escolas com menos recursos, como ocorre em regiões rurais.

Nesse cenário, a redução do número de estudantes com problemas de base em matemática, leitura e ciências é um sinal positivo que pode ser comemorado.

“O Brasil é um claro exemplo de que o investimento em educação leva a melhores resultados, o que nem sempre é o caso em outros países”, explica Echazarra.

Em termos mundiais, entre os 12,9 milhões de alunos com desempenho baixo, 11,5 milhões têm problemas em matemática, 8,5 milhões leem com dificuldades e 9 milhões têm lacunas no aprendizado de ciências.

Para romper o ciclo de baixo nível educacional, a OCDE recomenda que os governos nacionais identifiquem os estudantes com baixa performance e lhes ofereçam estratégias para recuperação de nível.

Entre as propostas da entidade, a maior parte tem caráter estrutural: reduzir a desigualdade no acesso à educação, estimular a inscrição escolar o mais cedo possível, envolver os pais na comunidade escolar e fornecer programas de auxílio financeiro às instituições de ensino e às famílias carentes.

 

 

Fontes: Andrei Netto/Estadão ; OCDE.

Professores deveriam ter o maior salário do Serviço Público Nacional – É o que diz projeto do Deputado Pedro Cunha (PSDB)

O deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) tenta levar para a Câmara Federal um projeto que fará dos professores brasileiros a categoria que receberá o maior salário do serviço público nacional. A proposta quer estabelecer um subsídio para o magistério, fazendo com que nenhum outro servidor, no nível administrativo, receba mais que o teto daqueles professores que alcançarem critérios de formação (mestrado, doutorado, pós-doutorado) e de dedicação exclusiva.

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“Estabelece-se um subsídio para o magistério, como forma de dar-lhe a mesma grandeza das categorias dos agentes políticos (magistratura, Ministério Público, mandatos eletivos e correlatos). Nesse compasso, também, estabelece-se que esses subsídios serão limites superiores na administração pública, para os demais servidores do Estado, entendidos como agentes administrativos. O professor é o limite da evolução no serviço público”, defende o deputado em sua justificativa no projeto.

Por enquanto, a ideia ainda não foi protocolada na Câmara. Para isso, Pedro Cunha Lima recolhe assinaturas dos demais deputados para a criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que faz necessário a assinatura de, pelo menos, 171 deputados. No primeiro dia da coleta das assinaturas, que foi ontem, 83 parlamentares já haviam assinado.

O deputado federal disse que a proposta nasceu pela necessidade de buscar soluções para melhorar a Educação pública brasileira, ao passo que proporciona saídas para o problema do déficit de professores, que hoje chega a 150 mil nas disciplinas de matemática, física e química.

“A melhoria na Educação só é possível se melhorarmos as condições de trabalho dos nossos educadores. Para isso, é preciso incentivar e valorizar a carreira. Precisamos mostrar ao aluno que está em formação agora, que vai valer a pena ser professor por profissão. Por quê? É pela educação que o futuro deixa de ser surpresa para entrar na previsibilidade até dos sonhos. Vamos sonhar…”, defendeu.

Fonte:  http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/494574-PEC-TRANSFORMA-SALARIO-DOS-PROFESSORES-EM-REFERENCIA-PARA-TODA-A-ADMINISTRACAO-PUBLICA.html

”Há Ets vivos na Terra neste momento, e pelo menos duas raças trabalham com o governo dos Estados Unidos.” Afirma Ex-ministro canadense

 

Paul Hellyer afirmou reconhecer ao menos quatro espécies de seres extraterrestres que habitariam o planeta

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Há ets vivos na Terra neste momento, e pelo menos dois deles provavelmente trabalham com o governo dos Estados Unidos.” A declaração do ex-ministro da Defesa do Canadá Paul Hellyer, 89 anos, foi feita durante uma audiência pública sobre a existência de vida extraterrestre realizada em Washington, D.C. Diversos ex-senadores e membros da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos ouviram depoimentos de especialistas e testemunhas entre os dias 29 de abril e 3 de maio.

 

Paul Hellyer é um conhecido defensor da existência de extraterrestres. Em 2005, ele declarou abertamente que acredita em UFOs (objetos voadores não identificados), o que gerou grande repercussão no Canadá. Como ministro da Defesa Nacional canadense, em 1963, Hellyer foi responsável pela controversa integração entre o Comando Marítimo das Forças (Marinha), o Comando das Forças Terrestres Canadenses (Exército) e a Força Aérea Real do Canadá (Aeronáutica) em uma única organização: as Forças Armadas Canadenses.

Hellyer é o mais antigo membro do Conselho Privado da Rainha para o Canadá – que funciona como uma espécie de gabinete ministerial na monarquia constitucional do país. Ele afirma que passou a acreditar em óvnis quando teve uma experiência com sua mulher e amigos durante uma noite. Apesar de não ter levado muito em consideração quando viu o UFO, segundo seu relato, ele disse que manteve a cabeça aberta e passou a tratar o assunto – pelo qual se interessou há cerca de 10 anos – com seriedade.

“UFOs são tão reais quanto os aviões que voam sobre as nossas cabeças”, afirmou o político canadense no segundo dia de audiência. Ele fez parte de um grupo de 40 pesquisadores internacionais e testemunhas – entre militares e cientistas – que testemunharam suas experiências extraterrestres diante de seis ex-membros do Congresso americano na audiência pública não governamental encerrada na semana passada.

O ex-ministro da Defesa canadense afirmou ainda que investigações apontaram a existência de “pelo menos quatro espécies (extraterrestres) que têm visitado a Terra há milhares de anos” – com o que ele concorda. Houve também declarações sobre como diversos presidentes dos Estados Unidos demonstraram grande interesse sobre óvnis e, em alguns casos, tentaram sem sucesso obter informações específicas sobre a veracidade de casos extraterrestres.

UFRN desenvolve aplicativo que pode reduzir casos de dengue.

Pela internet, é possível denunciar focos de mosquito e casos suspeitos.
Informações são enviadas em tempo real à Secretaria Municipal de Saúde.

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Ricardo Valentim, coordenador do Observatório da Dengue, acredita que o aplicativo pode diminuir casos da doença e gerar economia de R$ 2,4 milhões por ano ao município (Foto: Anastácia Vaz/Agecom/UFRN)

Uma criação simples, que pode gerar uma economia de R$ 2,4 milhões por ano e que pretende resolver um problema complexo: os casos de dengue em Natal. Desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), um aplicativo on line quer ajudar a diminuir o número de casos da doença ao fornecer informações em tempo real para as autoridades de saúde do município.
O Observatório da Dengue é uma plataforma na internet (que se adapta a celulares e tablets) pela qual moradores da capital potiguar podem denunciar focos de mosquitos e casos suspeitos da doença no bairro onde vivem. A página pode ser acessada no site http://www.telessaude.ufrn.br/observatoriodadengue.

Segundo a UFRN, a tela solicita poucas informações: nome, e-mail, endereço e – se possível – uma foto. Após o envio dos dados é requerida uma confirmação por e-mail, que efetivará a notificação à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para os gestores públicos, o conjunto de denúncias feitas pelos cidadãos forma um mapa que possibilita visualizar onde há suspeitas da doença e onde existem mosquitos transmissores. A partir daí, agentes são enviados às localidades para fazer o controle dos insetos e orientar os possíveis doentes.
“Essa ferramenta, se bem utilizada, pode se tornar a chave para se ter controle absoluto da dengue em nossa cidade”, avalia Ion de Andrade, epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde.
Economia de R$ 2,4 milhões
Coordenador do Observatório da Dengue, Ricardo Valentim é pesquisador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), setor dedicado à pesquisa no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Segundo ele, o método informatizado deve gerar uma economia de R$ 2,4 milhões por ano para o município de Natal.
Entretanto, o professor acredita que o maior ganho não é a redução do gasto público, mas a otimização do processo de trabalho dos agentes de endemias. “Hoje, como tudo é feito em papel, até os dados coletados pelos agentes chegarem à Secretaria Municipal de Saúde leva de 30 a 45 dias. Acontece que a larva do mosquito leva sete dias para eclodir”, explica Valentim. “Quando o gestor público toma as decisões, já teremos a quarta geração do mosquito. Eu já posso, inclusive, ter um quadro epidemiológico instalado sem estar sabendo. Com o sistema desenvolvido, isso é online. Podemos até disparar alertas imediatamente para as autoridades”, acrescenta.
Dengue em Natal
Segundo o Boletim da Dengue, divulgado no início de julho pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, mais de 1.200 casos de dengue foram registrados na capital potiguar no primeiro semestre de 2014, o que representa uma incidência de 140,76 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Seis mortes foram confirmadas por causa da doença este ano.

DESVENDADO O MISTÉRIO DA NASA: Água salgada é vista fluindo em Marte

Bom, antes de mais nada, devemos lembrar que não é NENHUMA novidade. A Própria NASA já havia feito uma revelação sobre água salgada em Marte, em 5 de agosto de 2011. Calma! Não fomos nós quem inventamos a matéria! Nem a Globo, até onde sabemos…

Vejam a imagem abaixo que foi justamente de 2011 e comparem com as demais tiradas atualmente.

No período quente há fluido em declive em Newton Cratera Esta série de imagens mostra características de estação quente que podem ser evidência de água líquida salgada ativo em Marte hoje. A evidência para essa interpretação possível é apresentado em um relatório por McEwen et al. em 05 agosto de 2011, edição da Science. Estas imagens vêm a partir de observações da cratera Newton , a 41,6 graus de latitude sul, 202,3 graus de longitude leste, pela câmera da High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) sobre a Mars Reconnaissance Orbiter da NASA. Com o tempo, a série se estende desde o início da primavera de um ano em Marte para meados do verão do ano seguinte. As imagens foram ajustadas para corrigir as tomadas de ângulos oblíquos para mostrar como a cena ficaria directamente de cima. Fonte: NASA

No período quente há fluidos em declive na Cratera Newton. Esta série de imagens mostra características da estação quente que podem ser evidência de água líquida salgada em atividade em Marte hoje. A evidência para essa interpretação possível é apresentada em um relatório por McEwen et al. em 05 agosto de 2011, edição da Science. Estas imagens vêm a partir de observações da cratera Newton , a 41,6 graus de latitude sul, 202,3 graus de longitude leste, pela câmera da High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) sobre a Mars Reconnaissance Orbiter da NASA. Com o tempo, a série se estende desde o início da primavera de um ano em Marte para meados do verão do ano seguinte. As imagens foram ajustadas para corrigir as tomadas de ângulos oblíquos para mostrar como a cena ficaria directamente de cima. Fonte: NASA

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As estrias escuras nesta imagem podem ser sinais de água salgada (Imagem: JPL / NASA 28/10/2015)

Mars Reconnaissance Orbiter da NASA capturou a evidência mais forte que ainda flui água líquida salgada na superfície do planeta durante as estações quentes.

Seja ou não esses fluxos salgados, poderiam sustentar vida dependendo do quão salgado  eles são, diz Lujendra Ojha do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, que relatou os resultados, juntamente com os seus colegas. “Se a água está completamente saturada com percloratos [sais hidratados], então a vida como a conhecemos na Terra não seria capaz de sobreviver nesse tipo de água tão concentrada”, diz ele. “Mas se a água tem apenas uma pequena porcentagem dos percloratos nela, então eu acho que nós poderíamos sobreviver bem com isso.

Recurring slope lineae” – faixas escuras que aparecem, ficam mais longas, e desaparecem a cada ano marciano – têm sido vistas como representações de sinais de água fluindo. Agora que idéia foi apoiada por dados do um espectrômetro a bordo do Orbiter, chamado CRISM, que analisa o reflexo do sol para detectar padrões que indicam o que minerais estão presentes na superfície.

Os sais podem absorver água da atmosfera e baixar o ponto de congelação da água, tornando possível à água líquida existir mesmo no clima frio Marte. Os dados espectrais de quatro locais com “córregos”  de inclinação recorrente revela a presença de sais hidratados, que são mais susceptíveis de ser perclorato de magnésio, clorato de magnésio e perclorato de sódio.

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Os veios mudam de tamanho com as estações do ano (Imagem: JPL / NASA)

Perclorato

Perclorato

Perclorato
Um perclorato é um sal que contém o ânion ClO₄⁻, derivado do ácido perclórico HClO₄. Contém o cloro em estado de oxidação +7 ligado a quatro átomos de oxigênio em formação tetraédrica. 
Fórmula: ClO4-
Massa molar: 99,45 g/mol

Apesar de não serem examinadas no estudo atual, características que se assemelham a  inclinação de córregos recorrentes que foram observados este ano na cratera Gale, levantam a possibilidade de que o robô Curiosity poderia procurar mais pistas de perto.

A ajuda está próxima
O local mais promissor é cerca de 50 quilômetros do local do pouso do robô. O Curiosity já encontrou evidências de percloratos na cratera Gale, bem como compostos orgânicos.

A confirmação de água que flui sobre a superfície iria adicionar peso substancial para campanhas da NASA para explorar mais fortemente a área na busca de vida em Marte. No deserto de Atacama, um dos ambientes mais hostis da Terra, as comunidades de micróbios são capazes de sobreviver na umidade no solo criado por sais de absorver água da atmosfera. Alguns pensam que os micróbios semelhantes poderiam viver em Marte também.

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Mais sinais de água? (Imagem: JPL / NASA)

Um número de astrobiólogos criticou a NASA quando  souberam que nos planos para seu próximo rôbo, “Mars de 2020”, deixou de fora seqüenciadores de DNA e outros aparelhos concebidos para observar organismos vivos.

Mas, muitos cientistas não seriam convencidos com evidências de um robô. A prova definitiva de vida em Marte exigiria amostras trazidas de volta à Terra. “Mars 2020” armazenará amostras para serem levadas “para casa” em uma outra missão.

“É a única coisa que pode realmente afirmar é que os lugares que nós estamos encontrando são, provavelmente, mais habitável do que o resto do planeta, que é osso seco”, diz Ojha.

Fonte: Nature Geoscience, DOI: 10.1038 / NGEO2546